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terça-feira, 16 de julho de 2013

Edward Snowden pede asilo temporário à Rússia


Edward Snowden,  o delator das práticas de vigilância digital dos Estados Unidos, responsável pelo vazamento de documentos da National Security Agency (NSA), entrou nesta terça-feira (16/07) com pedido de asilo temporário na Rússia e a resposta ao pedido deverá ser dada num prazo máximo de três meses.

O prazo de três meses é o prazo regular exigido pelo serviço federal de imigração russo mas, segundo informações da mídia, como se trata de caso urgente - Snowden está vivendo na área de tráfego do aeroporto de Moscou desde 23 de junho quando desembarcou vindo de Hong Kong - poderá levar no máximo três semanas para ser respondido.
O pedido de asilo de Snowden, segundo seu advogado russo Anatoly Kucherena, foi feito porque ele teme por sua vida e tem como objetivo escapar de eventuais perseguições dos EUA que poderiam lhe trazer risco de tortura ou morte, segundo publicado pelo Wall Street Journal e a Associated Press.
O pedido é de "asilo temporário" e não asilo político permanente, porque nesse caso levaria ainda mais tempo para ser avaliado, diz a agência AP. Sob a legislação russa, asilo político é dado por decreto presidencial e não é concedido regularmente, enquanto que asilo temporário é visto como status de refugiados e usualmente é dado por um peróodo renovável de um ano.
A organização WikiLeaks, que tem aconselhado Snowden, não confirmou ainda as reportagens, bem como não foi possível falar com a embaixada russa em Washington, D.C., nem com o  Consulado Geral da Rússia em São Francisco.
Snowden tem dito que sua intenção é se realocar para a América Latina, já que teve oferta de asilo da Venezuela, Bolívia e Nicarágua, disse o WSJ. Ele não pode voar para esses países pois teve seu passaporte cancelado pelos EUA. Se tiver asilo temporário concedido, Snowden poderá pelo menos deixar o aeroporto e andar por Moscou.
"Tenho intenção de viajar a esses países para agradecer pessoalmente seu povo e seus líderes", disse Snowden na semana passada em uma declaração para um grupo de defesa de direitos humanos no aeroporto de Moscou.

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